sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Iniciação Profissional

Oláá,

Hoje quero falar sobre o "início nosso de cada dia" (profissionalmente falando).

Você lembra como foi o seu?  O que sentiu assim que se formou? O que pensou? Do que tinha receio/medo?

Vou contar um pouquinho da minha experiência, conforme algumas pessoas me pediram pelo Face e email.

Eu consegui um estagio em seleção numa empresa de plásticos no final do segundo ano da faculdade (1996). Em janeiro de 97, a empresa mudou para o Paraná; fiquei apenas dois meses :(

Dias depois consegui outro, também em seleção. Nessa empresa fiquei o ano inteiro. Era uma metalurgica automotiva multinacional. Mas também fui dispensada. Alegaram que não tinha como efetivar. No fundo, no fundo, no fundo, eu acho que tinha, e iria para a área de treinamento. A empresa estava implantando a ISO 9000, logo, tinha MUITO trabalho a fazer. Mas, muitas pessoas me falavam que eu trabalhava mais do que "minha chefa" e, talvez por isso, eu não tenha ficado. Fazer o que, chorei e senti muitíssimo sair dessa empresa. Gostava por demais.

Nessa metalurgica eu tinha contato com três agencias de emprego. Corri pra buscar trabalho com elas. Em uma delas, estavam contratando. Fui entrevistada e deu certo. Vai eu pra Cotia. Moro em Osasco (até hoje). E estudava em Guarulhos. "Loucura, loucura, loucura". Os seis primeiros meses era estagiária. Aí meu gerente foi remanejado e "como presente" me efetivou e fiquei responsável pela seleção da agencia, bem como, o setor de estágios que era a parte. Fiquei dois anos.

Mas com um ano e meio, mais ou menos, comecei a sentir falta do trabalho em empresa. Eu queria rever o começo, o meio e o fim de um processo seletivo, por exemplo; bem como, o desenvolvimento das pessoas que trabalhavam comigo, especialmente, as que eu contratara.

(Nessa época ficava muito doente. Trabalhava dez, doze horas, sonhava com meu gerente me cobrando o fechamento das vagas, me alimentava super mal... e comecei a ficar internada praticamente uma vez por mês, por infecção na garganta. Sim, infecção na garganta, não passava nem saliva, e daí a necessidade de tomar o remedio via veia - não lembro o termo técnico; intravenal??? Levava uma semana pra melhorar. E mais sonhos com meu gerente, com os clientes, com as vagas...)

Completou dois anos e fui convidada por outra agência a gerenciar uma de suas unidades. Eles estavam em expansão e abriram uma filial em Alphaville - a matriz era no centro de SP. Foi como trocar banho de cachoeira por banho de caneca.

Prometeram mundos e fundos. Acreditei desacreditando. Mas não dei bola para a minha intuição. A minha gerente, à epoca, também me alertou, parecia adivinhar... Fui do contra pois estava querendo voltar para empresa, e não mais agência. Mas, de novo, salário um pouco melhor e o desafio de assumir como gerente sendo que onde eu trabalhava não havia essa possibilidade... renovaram temporariamente o meu ânimo.

No segundo mês de trabalho torci o pé, rompi o tendão, algo assim, não lembro mais... E apesar de ter sido acidente de trabalho eles não consideraram como tal, diga-se de passagem. Fiquei mais de quinze dias afastada, portanto........I N S S.  Imagina o quanto fui amada, elogiada e lembrada pela presidente dessa empresa....

Assim que retomei, fui dispensada. Era o ano de 2001.

Uma amiga sabendo do meu desemprego me indicou para uma corretora de seguros que prestava serviços para uma grande seguradora. Eu nunca tinha pensado sequer na expressão "seguro de vida" mas fui. Deu certo. Seleção. Aos poucos, até eu aprender sobre o segmento, o produto e o trabalho deles - venda de seguro de vida, especificamente, em agencia bancaria - comecei a treinar esses vendedores. Não saí mais...

Dessa corretora fui para outra e dessa segunda, os diretores das corretoras decidiram abrir uma associação para centralizar todos os serviços necessários de seleção e treinamento que a seguradora exigia e ficava caro para cada corretora pequena bancar. Trabalhei de 2002 a 2004.

A cada nova exigência da seguradora, novas "desassociações". Até que restaram quatro, apenas, ao termino dos dois anos. Conversei com o presidente à epoca e perguntei: se eu abrir uma empresa, vocês contratam meu serviço de treinamento? "Lógico", ouvi. E corri para abrir a minha empresa. Mas nenhuma das quatro corretoras contrataram meu trabalho. Com o tempo, duas corretoras me chamavam de vez em quando para ministrar o curso técnico básico. E depois outra e outra e outra, ou seja, sempre tinha alguma corretora que me chamava. Recebia super mal nessa epoca porque não sabia cobrar.

Em 2007, ministrando o treinamento numa delas, a pessoa que trabalhava no RH, com seleção e a parte burocrática do treinamento recebeu uma proposta e aceitou. Foi-se. O diretor me chamou e me propos assumir seu lugar afinal, eu já conhecia o trabalho, as pessoas, a rotina etc etc etc. Acabei aceitando. A necessidade era maior e voltei a ser CLT.
Um ano depois, essa corretora deixou de trabalhar com o segmento Vida (seguro de vida) dessa seguradora, ficando com os outros ramos e o credito consignado tomando o lugar de "carro chefe" da corretora; no sentido de ser o segmento que estava bancando a corretora - tamanho lucro. Foi o "boom" do mercado credito consignado. Todos começaram a ofertá-lo.

Era 2008 e fui pedida em casamento. Se aceitasse, mudaria para Londres. MAS...  também fui convidada por um supervisor que trabalhara comigo na corretora - e soube da minha saída - para gerenciar o RH de uma pequena empresa, na qual ele estava trabalhando como gerente comercial. Era uma representante de uma operadora de celular que vendia planos de telefonia corporativos.

Conversei com "meu noivo" - embora eu não tivesse decidido se aceitaria ou não casar. Ele me falou: por mim, você não aceita. Eu te conheço, você vai acabar se envolvendo com o trabalho e não virá mais pra cá."
Convenci-o de que seria apenas por três meses - receberia o seguro desemprego e assim juntava mais grana pra ir pra lá. Ok, concordou, meio a contra gosto....

Era uma pequena empresa, como já disse, familiar e de difícil aceitação de rotinas, afinal, dera certo até aquele ponto, porque alguem queria implantar uma serie de coisas... o RH não tinha absolutamente nada.

Resumindo: dos três meses previstos, fiquei seis. Ele percebeu que eu não estava gostando, o trabalho não estava fluindo, a começar por eu não querer ser registrada... e me dispensou. O ruim é que foi naquela epoca de crise horrorosa, em 2008/2009, de difícil trabalho. De janeiro de 2009 e até julho eu não tinha me recolocado - e isso nunca tinha acontecido comigo. Eu sempre tinha trabalho, graças a Deus.

Por fim, sem trabalho, sem noivo - terminamos - e sem ir pra Londres... 

Por conta disso tudo, assumi definitivamente a minha empresa e ME ASSUMI empresária (ênfase proposital porque foi a partir daí que as coisas comeeeeeçaaaaram a fluir). Deixei de trabalhar apenas com corretoras de seguros, abri o leque. Comecei a ministrar palestra em empresas e voltei a prestar serviços em recrutamento e seleção.

2010 - efetivei uma parceria para começar os encontros do Café com Psicólogos. Durou três anos e hoje sigo com outra parceira, tentando retomar o tamanho que o Café com Psicólogos tinha.


2011 - respondi a um anuncio de uma empresa que estava contratando pessoas que conhecessem seguros. Opa!! Lá vou eu. É uma consultoria, também, e seu maior cliente é uma seguradora - diferente da que eu trabalhei. Estou com eles desde então, ministrando treinamentos técnicos e/ou comportamentais para vendedores de grandes varejistas Brasil afora.

2013 - formação em DISC - ferramenta de mapeamento comportamental  BÁÁÁR BAAA RA muito utilizada em seleção, em treinamento, em desenvolvimento de time, em liderança, em coaching, enfim... Ela também estava com processo seletivo para consultor associado. Eu me inscrevi. Deu certo. A DO RO. E incluo essa ferramenta em todas as oportunidades que tenho.

2014 - formação em coaching.... FE NO ME NAL... por enquanto estou atendendo pessoas físicas, e adorando... é MUITO BOM SER COACHING!

2015 - estudando para prestar uma prova no Instituto de Psicologia da USP e cursar Orientação Profissional e de Carreira - curso de um ano!

Vou começar o coaching em grupo com recem formados.
E também formatando um "outro braço" do Café com Psicólogos que envolve supervisão, depois eu conto.


Enfim... essa é a minha história. Contei tudo isso porque em março, retomo os encontros e falarei de iniciação profissional. Serão bimestrais e já até coloquei a programação aqui.

Como foi o seu inicio? E como você, estudante, imagina que será o seu?

Até o próximo post, ;)

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