quarta-feira, 27 de maio de 2015

O ato de falar...

Olááá,

Estou pesquisando para o nosso encontro de julho - dia 11 - e lendo muito sobre dinheiro, pois será o tema.

E me vem muitas emoções, sentimentos, contradições e.....confusões.

Explico: tudo o que leio faz sentido e traz a sensação de "uau, como não pensei nisso" OU "caramba, faz sentido; entendi" OU ainda "nossa, é óbvio!" Óbvio pra quem? rsrs. Ainda: se é tão obvio por que não muda dada situação?

Sabemos que o falar é libertador, afinal é a base da psicoterapia.

E o perguntar, também...

Por que não falamos ABERTAMENTE sobre dinheiro?

Por que não falamos o quanto recebemos de salário ou por tal trabalho realizado?

Por que quando alguém pergunta "quanto é?" fazemos cara de não sei o que e respondemos: "depende, podemos conversar mais a respeito e te mando uma
proposta?" OU "venha à primeira consulta gratuita e te explico tudo."

Por que contamos vantagem quando sabemos que cobramos mais que um colega?

Por que cobramos mais que um colega?

Em que nos baseamos para elaborar o valor/preço do nosso trabalho?

Realmente acreditamos no nosso trabalho, logo, preço cobrado?

Qual o tamanho do meu medo ao elaborar uma proposta e chegar no item investimento/ preço / valor a pagar?

Comercialmente falando, quando um cliente reclama do preço é porque ele não tem o que chamamos de percepção de valor, isto é, não tem a consciência do quanto vai se beneficiar adquirindo aquele produto/serviço.

Um exemplo: adestramento de cães.

Tenho três cachorras (deliciosas, maravilhosas, amorosas, carentes, carinhosas.............. mas que brigam entre si, de vez em quando - para o meu desespero)

Contratei um adestrador.

Até aí, ok.

Passou um tempo, mesmo tendo aulas, elas brigaram - o que me frustrou por demais!

Conversei com o adestrador que confio plenamente no seu trabalho - e confio mesmo - mas que o meu pavor delas brigarem de novo era maior do que a confiança no trabalho dele.

Ele me sugeriu procurar um psicólogo em resposta à minha pergunta: existe "adestramento para os donos de cães? Eu preciso de alguem que me ajude a me sentir mais segura e confiante para colocar limite em minhas cachorras." E complementou: o adestramento depende MUITO de você.  

Ou seja, se eu não me sentir segura e equilibrada, eu não consigo passar isso para as minhas "filhas"; e que teria que descobrir o porquê não faço isso, o que acontece comigo!

Quando eu descobrir, talvez eu escreva, rsrs.

Mas o que tem a ver? O fato de que eu dei prioridade ao adestramento, mesmo apesar do preço. Eu sei o quanto vale a minha tranquilidade (o benefício) em sair pra trabalhar e não ficar com medo de que minhas cachorras briguem e se machuquem ou pior, briguem e não ter ninguém para separá-las...

Ele sugeriu eu priorizar a terapia. Eu me cuidando, estaria cuidando delas, também, consequentemente.

De novo, só pagamos por aquilo que percebemos valor, ou seja, o quanto vou me beneficiar daquilo.

Para alguns vai parecer bobo o exemplo. Mas quem tem E AMA cachorros como eu entenderá melhor do que somos capazes por eles.

Então, vou eu pra terapia falar sobre minha dificuldade em colocar limite em minhas cachorras.

E pagar o preço para isso. ;)


Um beijo pra quem é de beijo, um abraço pra quem é de abraço.

Até o próximo post.







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